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Reflexos Primitivos

  • Foto do escritor: defisioparafisio
    defisioparafisio
  • 9 de mai. de 2018
  • 5 min de leitura

Reflexos primitivos são reações não intencionais encontradas principalmente em bebês. Esses reflexos vão normalmente desaparecendo com o passar do desenvolvimento da criança e maturação cerebral e vão sendo substituídos por movimentos voluntários. É importante o conhecimento deles pois a persistência dos mesmos podem indicar um mau desenvolvimento cerebral e/ou cognitivo da criança, lembrando que cada um tem o seu próprio tempo de desenvolvimento.


Reflexo de Moro (0 a 6 meses)

É uma reação ao susto, ou seja, ela ocorre quando o bebê muda de posição de forma abrupta ou cai para trás ou é surpreendido por algo, pode ser até mesmo um barulho alto.

Como avaliar:

O examinador mantém criança sentada ou em decúbito dorsal e deixa cair a cabeça em extensão.

Resposta ao estímulo:

Extensão e abdução dos membros superiores as vezes seguida por choro.


Reflexo de sucção (0 a 5 meses)

É um reflexo ao qual ele suga aquilo que se encontra ao alcance a boca, podendo ser os dedos ou o peito da mãe.

Como avaliar:

O examinador introduz o dedo entre os lábios do bebê.

Resposta ao estímulo:

Desencadeará uma reação de sucção.


Reflexo de busca (0 a 2 meses)

É um reflexo de sobrevivência ao qual a criança busca estímulos ao redor da boca para poder sugar depois.

Como avaliar:

O examinador estimula com o dedo ao redor dos lábios ou nos cantos da boca.

Resposta ao estímulo:

O bebê voltará a cabeça em direção ao dedo do examinador.



Reflexo tônico-cervical assimétrico (RTCA) (0 a 4 meses)

Este reflexo é também conhecido como reflexo do esgrimista e ocorre em resposta a um movimento ativo ou passivo de rotação lateral da cabeça. Na qual a criança abduz o lado em que a cabeça se volta e aduz o lado contralateral, parecendo que a criança faz a pose de esgrima. Alguns autores falam que ele aparece a partir do segundo mês e se estingue no sexto mês.

Como avaliar:

O examinador coloca a criança em decúbito dorsal com a cabeça na linha média, braços e pernas estendidas e gira suavemente a cabeça do paciente para um dos lados ou simplesmente utilizar algo que chame a atenção da criança.

Resposta ao estímulo:

O braço e perna do lado facial se estendem – aumento do tônus extensor – enquanto os braços e pernas contralateral se fletem – aumento do tônus flexor.


Preensão palmar (0 a 4 meses)

Esse reflexo faz com que a criança agarre involuntariamente qualquer coisa em que passe pelas suas mãos, por isso devemos ficar atentos a crianças com brincos pois elas podem se machucar.

Como avaliar:

O examinador coloca um dedo na palma da mão da criança.

Resposta ao estímulo:

A criança agarrará o dedo do examinador e persistirá até que o estímulo seja tirado.


Preensão plantar (0 a 12 meses)

Esse estímulo faz com que a criança tente agarrar objetos com os pés

Como avaliar:

O examinador estimulará com o indicador o sulco metatarso falângico

Resposta ao estímulo:

Flexão plantar dos artelhos.


Apoio plantar (0 a 2 meses)

Esse estímulo faz com que a criança pareça que já consegue ficar sozinha em pé. Ele é muito importante para o fortalecimento de membros inferiores.

Como avaliar:

O examinado segura a criança pelas axilas em posição ereta e coloca os pés da criança sobre algum apoio.

Resposta ao estímulo:

Haverá um aumento no tônus extensor de membros inferiores estendendo assim joelhos e quadril.



Marcha reflexa ou reflexo da marcha automática (0 a 2 meses)

Esse estímulo faz com que a criança pareça andar.

Como avaliar:

O examinador segura a criança pelas axilas em pé com algum apoio sob os pés e a inclina em 45º para frente.

Resposta ao estímulo:

Passos curtos e ritmados sem haver extensão de joelho e quadril.


Reflexo de Galant (0 a 4 meses)

Esse reflexo faz com que a criança se incline para o lado ao qual é estimulada.

Como avaliar:

O avaliador segurará a criança em decúbito ventral com uma mão e com a outra ele estimulará a lateral das costas da criança.

Resposta ao estímulo:

Aumento do tônus flexor do lado estimulado.


Reflexo da escada ou de colocação (“Placing”) (0 a 2 meses)

É um reflexo de retirada quando se estimula o dorso dos pés, parecendo com o movimento de subida de degraus. Alguns autores falam que ele começa a partir do primeiro mês e se extingue por volta do terceiro mês.

Como avaliar:

O examinador suspende a criança verticalmente e toca o dorso do pé da criança na borda da mesa.

Resposta ao estímulo:

Ocorre a tríplice flexão do membro inferior e colocação do pé sobre a superfície.


Reflexo tônico cervical simétrico (RTCS) (0 a 6 meses)

É uma reação causada pela resposta ao estímulo dos músculos do pescoço a um movimento ativo ou passivo de flexão ou extensão. Alguns autores falam que ele aparece a partir do segundo mês.

Como avaliar:

O avaliador segura a criança em decúbito ventral e eleva a cabeça da criança e depois flexiona a cabeça da criança.

Resposta ao estímulo:

-Elevar da cabeça produz um aumento do tônus extensor nos braços e aumento do flexor nas pernas.

-Abaixando-se a cabeça ocorre um aumento do tônus flexor nos braços e aumento do extensor nas pernas.


Reação de Landau (4 a 12 meses)

Como avaliar:

O avaliador posiciona a criança em decúbito ventral e realiza uma extensão passiva ou ativa do pescoço e depois uma flexão passiva ou ativa do pescoço.

Resposta ao estímulo:

– Estender a cabeça fará a criança realizar uma extensão de tronco, quadril, membros superiores e inferiores.

– Fletir a cabeça fará a criança realizar uma flexão de tronco, quadril, membros superiores e inferiores.


Reflexo de Babinski (0 a 18 meses)

Como avaliar:

O avaliador usa um objeto semi-pontiagudo, como uma unha ou tampa de caneta, e passa na borda lateral do pé começando no calcanhar e terminando próximo ao 5º dedo do pé.

Resposta ao estímulo:

Extensão do hálux e abdução dos dedos consequentes.


Reação óptica de retificação (0 a 2 meses)

Normalmente avaliado junto com a reação cervical de retificação.

Como avaliar:

O examinador posiciona a criança em decúbito dorsal e com um objeto em mãos, faz com que a criança siga com os olhos para um dos lados.

Resposta ao estímulo:

A criança virará a cabeça e o corpo em bloco para o lado estimulado.


Reação cervical de retificação (0 a 2 meses)

É um reflexo que faz com que a criança rotacione o corpo e a cabeça de forma como se fosse somente um único bloco.

Como avaliar:

O avaliador posiciona a criança em decúbito dorsal e rotaciona passiva ou ativamente a cabeça da criança.

Resposta ao estímulo:

A criança rotacionará o restante do corpo para o lado em que a cabeça estará voltada.



Olhos de bonecas (0 a 3 meses)

Ao mover a cabeça, os olhos da criança permanecem na posição central ou movimenta-se na direção contrária. O movimento da cabeça deve ser lento, se for rápido causa nistagmo.

Como avaliar:

O avaliador realiza uma rotação lenta da cabeça da criança.

Resposta ao estímulo:

A criança moverá os olhos movam em direção oposta.


Reação de extensão protetiva ou paraquedas

Ela é a proteção do corpo para as quedas. Esta reação consiste em duas fases e ajuda a manter o bebê sentado. Na primeira fase ocorre a extensão do braço, punho e dedos, para atingir o solo. Na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão levada para o apoio. Essa reação persiste pela via inteira.

Aparecimento:

– para frente – 6 meses

– para lados – entre 7 e 8 meses

– para trás – entre 11 e 12 meses

Como avaliar:

Em pé – O avaliador segura a criança pela cintura pélvica e aproxima o rosto da criança a uma superfície rapidamente.

Para os lados ou para trás – O avaliador posiciona a criança em pé ou sentada e empurra a criança levemente para um dos lados ou pra trás.

Resposta ao estímulo:

A criança projeta os braços para frente, para um dos lados ou para trás para se proteger da queda simulada.



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